domingo, 5 de julho de 2015

Pais são presos por não aceitarem "ideologia de gênero"

O casal Eugen e Luise Martens pode perder a liberdade porque sua filha se negou a participar das aulas de “educação sexual”
Enquanto o Brasil resiste bravamente à implantação legal da ideologia de gênero, alguns fatos ocorridos fora do continente podem ajudar a esclarecer ainda mais de que se trata essa grande farsa, concebida para destruir a sociedade, a família e o próprio homem.
Na Alemanha, um casal, pai de nove filhos, está ameaçado de perder a liberdade, porque sua filha se negou a participar das aulas de “educação sexual" previstas para a escola primária. A polícia alemã já encarcerou Eugen Martens, em agosto de 2013, e só não prendeu ainda sua esposa, Luise, porque ela está amamentando o filho mais novo. O agente policial que visita a família, no entanto, garante: “O escritório da promotoria fará aplicar a decisão do juiz". Ou seja, mais dia ou menos dia, também a mãe será presa.
Qual o crime cometido por Eugen e Luise, moradores de um pequeno município na Renânia do Norte-Vestfália? É verdade que, na Alemanha, “a escola é obrigatória e se uma criança falta às aulas, a escola tem obrigação de denunciar os pais e o tribunal pode multar essa família". Mas, até aqui o casal não se tem mostrado negligente em relação à educação de suas crianças. Elas têm ido à escola, regularmente. Foi apenas a sua filha recusar-se a receber aulas de gênero, que o Estado seguiu o seu encalço.
As aulas da chamada “educação sexual" têm um conteúdo perverso, como conta Mathias Ebert, fundador daAssociação Besorgte Eltern (“Pais preocupados"), fundada justamente para denunciar a corrupção dos seus filhos: “Não só se ensina às crianças como funciona o sexo entre homens e mulheres, mas se coloca uma 'variedade' de práticas sexuais: sexo oral, sexo anal e muito mais. A partir da escola primária dizem aos meninos que seu gênero não está determinado e que não podem saber se são meninos ou meninas; que devem refletir".
Ebert também afirma que a prisão da família Martens não é um caso isolado na Alemanha. “Não conheço o número exato de pais presos, mas só o pequeno grupo de pais da cidade de Paderborn tem passado, no total, 210 dias presos", explica. “É um escândalo enorme, também, porque são justamente as crianças que querem sair da aula. Na cidade de Borken, por exemplo, em uma classe, a lição perturbou tanto as crianças que seis delas desmaiaram".
Não é preciso atravessar o oceano para descobrir uma situação tão ou até mais trágica do que essa. No Brasil, as escolas ensinam às crianças, desde a mais tenra infância, como acontece um ato sexual – chegam a fazer encenações ou demonstrações com objetos de plástico –, como usar um método anticoncepcional, como se masturbar etc. Com a ideologia de gênero, novas perversões estão “no forno": além de aprender o sexo antinatural, as crianças precisariam questionar a própria “identidade" e, como nas escolas alemãs, ser levadas a “refletir" “se são meninos ou meninas". Os pais, ainda que não concordassem com tudo isso, teriam o mesmo fim que Eugen e Luise Martens: a cadeia.
É com esse enfoque que a Organização Mundial da Saúde trata da educação das crianças e adolescentes. No documento Standards for Sexuality Education in Europe [“Padrões para Educação Sexual na Europa"] – após deixar bem claro que o seu conceito de “educação sexual" não tem nada que ver com “preparação para o casamento e para a família" [1] –, ela diz que a educação dos pais em matéria de sexualidade “é inadequada para a sociedade moderna" [2] – como se fosse o Estado a decidir a “medida de todas as coisas".
Isso quer dizer que a educação sexual não seja importante? Absolutamente, não. A Igreja reconhece a importância de que “as crianças e os adolescentes (...) sejam formados numa educação sexual positiva e prudente, à medida que vão crescendo" [3]. O que acontece na Alemanha – e, de igual forma, em todo o Ocidente –, porém, é um desrespeito ao princípio da subsidiariedade. “A educação sexual, direito e dever fundamental dos pais, deve atuar-se sempre sob a sua solícita guia, quer em casa quer nos centros educativos escolhidos e controlados por eles" [4], ensina o Papa João Paulo II. Ou seja, a sociedade e o Estado devem colaborar, na medida do possível, com a educação dos pais, e não o contrário. São “os pais, que transmitiram a vida aos filhos, (...) seus primeiros e principais educadores", e este direito-dever não só é essencial, mas também insubstituível e inalienável [5].
A fundação Besorgte Eltern tem realizado inúmeras manifestações na Alemanha, exigindo respeito não só ao papel primordial dos pais na formação de seus filhos, como à própria integridade das crianças. “Que não se deturpe os sentimentos das crianças", pede Mathias Ebert. “Está claro que, se deixaram as aulas, é por causa do clima que respiram em casa, mas, isto é errado? É errado que um menino tenha determinados valores, transmitidos por sua família, e viva com base neles? Creio que não."
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências

  1. Standards for Sexuality Education in Europe, p. 12
  2. Ibidem, p. 21
  3. Gravissimum Educationis, 1
  4. Familiaris Consortio, 37
  5. Ibidem, 36
https://padrepauloricardo.org/blog/pais-sao-presos-por-nao-aceitarem-ideologia-de-genero#at_pco=smlwn-1.0&at_si=55991c74fcefe5a6&at_ab=per-2&at_pos=0&at_tot=1

Documentário expõe farsa do gênero na Noruega

Programa de TV denuncia falsidade da teoria e obriga Conselho Nórdico de Ministros a cortar fundos para as pesquisas de gênero.
Um golpe devastador para a "Ideologia de Gênero": o Conselho Nórdico de Ministros – uma organização de cooperação interparlamentar entre Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia – decidiu cortar fundos para o Instituto Nórdico de Gênero (NIKK, na sigla sueca). As pesquisas conduzidas pelo NIKK lançaram as bases para as políticas sociais e educacionais que, a partir dos anos 1970, transformaram os países nórdicos nas sociedades com a maior "igualdade de gênero" do mundo.
A decisão foi tomada depois que um documentário norueguês, chamado Hjernevask ("Lavagem Cerebral", em português) expôs a farsa das pesquisas de gênero, em 2010. O sociólogo e humorista Harald Eia estava intrigado com o fato de que, não obstante os constantes esforços de engenharia social para remover os chamados "estereótipos de gênero", mulheres continuavam a optar por profissões tipicamente femininas e homens continuavam atraídos por carreiras masculinas. De fato, ao invés de as políticas de gênero reverterem esse quadro, as diferenças só se tinham acentuado ainda mais.
Então, ele se dirigiu à Universidade de Oslo para entrevistar nomes como Cathrine Egeland e Jørgen Lorentzen, ambos "especialistas" do Instituto Nórdico de Gênero. Depois, levou as suas respostas a outros renomados cientistas ao redor do mundo – principalmente nos Estados Unidos e no Reino Unido –, pedindo a eles que comentassem as descobertas de seus colegas noruegueses. Como era de se esperar, as teses provocaram risos e incredulidade na comunidade científica internacional – especialmente porque seus estudos eram baseados em mera teoria, sem base em qualquer pesquisa empírica. Harald filmou as suas reações, voltou à Noruega e mostrou tudo aos pesquisadores do NIKK. Confrontados com a verdade científica, os estudiosos ficaram atônitos, absolutamente incapazes de defender a sua teoria.
Harald Eia conversa com Jørgen Lorentzen, do NIKK
A farsa do gênero foi exposta ao ridículo na TV e na Internet, quando o programa em inglês, sob o nomeBrainwash, ganhou fama no mundo inteiro. Os cidadãos da Noruega começaram a se perguntar por que era necessário um investimento tão alto – e com dinheiro dos contribuintes – para uma ideologia sem nenhum crédito científico.
Como consequência, o Conselho Nórdico de Ministros cortou mais da metade dos fundos que eram gastos com as pesquisas de gênero, ainda no ano de 2011. Foi determinado também que apenas dois membros permanentes da equipe poderiam receber investimentos do Conselho. O NIKK chegou a ser dissolvido, migrando para a Suécia, onde passou a chamar-se "Informação Nórdica sobre Gênero".
Ainda que os estudiosos e pessoas ligadas à promoção da Gender Theory neguem, o documentário norueguês desempenhou um papel importante no corte de fundos para o NIKK. Em 2010, foram travados vários debates públicos na Noruega, mencionando a influência do programa Brainwash. O político Henning Warloe, do partido conservador norueguês Høyre, chega a afirmar que "as escolas da Noruega hoje têm falhado, não levando em conta as grandes diferenças biológicas existentes entre homens e mulheres, como as pesquisas têm comprovado".
O primeiro episódio da série apresentada por Harald Eia é bem conhecida e fala justamente sobre o paradoxo da igualdade de gênero. Quem ainda não viu, pode assistir abaixo, com legendas em português:
A Noruega já entendeu a mentira por trás da Teoria de Gênero. Que não demore muito para que o Brasil e o resto do mundo abram os olhos.
Com informações de C-Fam | Por Equipe Christo Nihil Praeponere

https://padrepauloricardo.org/blog/documentario-expoe-farsa-do-genero-na-noruega

Orgulho Gay ou Manipulação?

O Movimento LGBT é um movimento de fachada. A fachada é a defesa dos direitos das minorias; a agenda oculta é a implantação da ideologia de gênero e a destruição da família natural.
Aconteceu de novo. Em sua última edição, a Parada Gay de São Paulo voltou a ridicularizar símbolos religiosos cristãos, sob o pretexto de combater a "homofobia". A triste imagem de um transexual crucificado, parodiando o Cristo, resume tudo.
Ao protesto indignado dos cristãos, o Movimento LGBT já sabe como responder: incentivar o vitimismo nas pessoas com tendência homossexual. E de fato estas pessoas são vítimas, mas não dos cristãos. São vítimas do próprio Movimento LGBT.
O Movimento LGBT é um movimento de fachada. A fachada é a defesa dos direitos das minorias; a agenda oculta, porém, é a implantação da ideologia de gênero e a consequente destruição da família natural.
É como numa caçada. Usa-se um chamariz para que o animal caia na armadilha. Mas se você usar a isca errada, a coisa não funciona. Ora, não existe realidade que atrai mais um bom cristão do que a compaixão e a misericórdia. Ao alimentar o vitimismo das pessoas com tendência homossexual, a ideologia gayzista usa estas pessoas como isca, apostando na possibilidade de dominar a população cristã por meio de um complexo de culpa paralisante.
Por que a Passeata Gay não usa símbolos e personagens religiosos não cristãos? Por que não incluir na algazarra Maomé, Buda ou os Orixás? A resposta é simples, eles ainda não acharam uma isca adequada para essas religiões. A combinação de vitimismo e falsa compaixão só funciona com cristãos. Se eles profanassem as outras, estariam arriscando receber milhares de processos judiciais ou, quem sabe até, violentos protestos.
Convido as pessoas de boa vontade que carregam a cruz da tendência homossexual [1] a estudarem a verdadeira história da ideologia de gênero. Temos no nosso site uma pequena introdução. Vocês verão que estão sendo manipulados!
É verdade, lamento profundamente a profanação dos símbolos cristãos. Aliás, tenho feito orações para reparar estas ofensas feitas a Nosso Senhor. Mas acho que devemos também lamentar a manipulação de pessoas (homossexuais ou não) que estão sendo usadas para a destruição de nossas famílias e a implantação de um regime de intimidação que amordaça as verdadeiras liberdades.
A eliminação do cristianismo não irá ajudar em nada, nem a ninguém. Os milhares de homossexuais que morreram no "paredón" de Cuba e nos gulags da União Soviética são testemunha disto.
Por Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior

Referências

  1. Cf. Catecismo da Igreja Católica, 2358.
https://padrepauloricardo.org/blog/orgulho-gay-ou-manipulacao

A fé sem oração é morta

Para que não naufrague no mar do ateísmo, a fé em Cristo e na Igreja precisa da oração. “O espírito está pronto, mas a carne é fraca”, diz o Senhor.
Tão importante é o tema da tentação, que mereceu ser incluído por Nosso Senhor na oração do Pai-Nosso: "Não nos deixeis cair em tentação" (Mt 6, 13). Tão negligenciado, porém, é esse mesmo assunto, que bem se pode dizer que a única tentação da qual muitos ouviram falar foi aquela que seduziu Adão e Eva, no Jardim do Éden (cf. Gn 3, 1-7). As pessoas – e, deve-se dizer, os cristãos – vivem como se tentações não existissem – e, com elas, tampouco o pecado, o demônio ou o inferno.
Isso acontece porque o mundo está impregnado de materialismo e não consegue mais elevar os seus olhos para nada que esteja além da experiência dos sentidos. Verdadeiro, então, é o que se pode ver, ouvir, tocar, cheirar ou sentir... Todo o resto parece situar-se no campo da mera subjetividade. O próprio Deus é muitas vezes reduzido a um "sentimento", a alguns arrepios que se sentem durante um culto religioso ou uma palestra motivacional. As realidades espirituais, porque invisíveis, deixaram de ser reais para o homem moderno, deixaram de ser úteis e, lamentavelmente, são muitos os que as abandonam.
Em seu pontificado, o Papa Bento XVI falou inúmeras vezes da existência de uma "crise de fé" [1]. Mas, o que Sua Santidade queria dizer com isso? Não existem, de fato, tantas pessoas no mundo que creem em Deus, que continuam a ir à igreja aos domingos e que acreditam na vida após a morte?
É verdade, o fenômeno religioso não foi completamente deixado de lado pela modernidade. A fé do homem moderno, porém, está construída sobre a areia (cf. Mt 7, 26-27). A religião tornou-se um como que "acessório", algo que se compra no supermercado da vida e se pode descartar quando já se tiverem esgotado todos os seus benefícios práticos. Assim, quando um padre faz uma homilia sobre a cura de algum mal ou sobre "o amor" – esse termo que "se tornou hoje uma das palavras mais usadas e mesmo abusadas" pelas pessoas [2] –, como esses temas soam agradáveis aos ouvidos, os bancos se enchem e oferecem palmas. Quando, porém, essa mesma multidão ouve alguma notícia no jornal, dizendo que a Igreja Católica não aceita isto ou aquilo, os mesmos que há pouco aplaudiam se enfurecem e destilam o seu ódio contra a religião.
É triste perceber que a grande massa de fiéis que frequenta as nossas igrejas não é muito diferente daquela multidão que pediu a crucificação de Jesus: depois de uma entrada triunfal em Jerusalém (cf. Mt 21, 1-11), Cristo terminou suspenso num madeiro, posposto a um criminoso e condenado pelo mesmo povo que O tinha recebido com festa às portas da cidade: "Este não, mas Barrabás!" (Jo 18, 40). Do mesmo modo, quando ouvem as coisas boas, os frequentadores de igreja se alegram; quando o que escutam lhes fere, eles se entristecem e voltam para casa.
Há, sim, na Igreja, uma crise de fé, mas é uma crise de fé "vivida", por assim dizer. São Tiago dizia com acerto que "a fé sem obras é morta" (Tg 2, 17). Ou seja, se alguém diz crer, mas não muda o seu comportamento, não conforma a sua vida àquilo em que crê, de nada adianta. Quando os hábitos e opiniões das pessoas que vão à igreja não diferem muito dos hábitos e opiniões daqueles que vivem no mundo, é preciso começar a perguntar o que está acontecendo com a catequese e com a evangelização. O que tem sido feito daqueles que deveriam ser o sal da terra e a luz do mundo (cf. Mt 5, 13-14)?
A resposta é simples: caíram em tentação. Como os discípulos na noite da agonia, os nossos católicos estão "dormindo", envolvidos pela névoa do mundo e pelas trevas do erro e da ignorância (cf. Mt 26, 36ss).
Também hoje, o remédio que Cristo receitou a Pedro, Tiago e João é o mesmo que ele oferece à modernidade: "Vigiai e orai, para não cairdes em tentação; pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca" (Mt 26, 41). Quando um famoso santo e doutor da Igreja dizia que "quem reza certamente se salva e quem não reza certamente se condena" [3], ele não brincava nem pretendia falar por hipérboles. Quem deixa de rezar; quem não para sequer alguns minutos do dia para elevar a sua mente a Deus; quem deixa de considerar que está rodeado por seu anjo da guarda; que, dentro de seu coração, habita a própria Trindade; que as pessoas à sua volta têm alma e precisam ouvir a Palavra de Deus... Pouco a pouco, cai na descrença e no indiferentismo. Sem oração – sem lidar dia após dia com as verdades eternas –, a alma vai se "petrificando", tornando-se insensível às inspirações divinas e fechando-se apenas às coisas deste mundo.
Por isso, é possível parafrasear São Tiago e dizer que, também, a fé sem oração é morta. Quem não reza fatalmente deixa de acreditar e, ao fim, acaba cedendo ao ateísmo, essa grande tentação dos nossos tempos.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências

  1. Cf., v.g.Discurso durante Vigília para a Beatificação de John Henry Newman (18 de setembro de 2010);Carta Apostólica Porta Fidei (11 de outubro de 2011), n. 2; Carta Apostólica Fides per Doctrinam (16 de janeiro de 2013).
  2. Papa Bento XVI, Carta Encíclica Deus Caritas Est (25 de dezembro de 2005), n. 2.
  3. Santo Afonso de Ligório, Del gran mezzo della preghiera, I, 32.
https://padrepauloricardo.org/blog/a-fe-sem-oracao-e-morta